Tendências para o mercado em 2022

Publicada 14/01/2022

A chegada de um novo ano traz consigo diversas possibilidades para profissionais de todas as áreas, por isso, estar de olho nas tendências é importante para identificar oportunidades de crescimento assim que elas aparecerem.

Gestores também precisam ficar atentos às mudanças para reter talentos e identificar as possibilidades de inovação e crescimento do seu negócio.

No post de hoje, vamos ver algumas das principais mudanças que nos aguardam nos próximos doze meses e como se preparar para elas. Continue lendo e saiba mais!

 

O que está em alta em 2022

 

Trabalho híbrido

O home office já estava se popularizando antes da pandemia do novo coronavírus, mas depois de quase dois anos, ele se torna cada vez mais forte nas instituições. Os modelos chamados de híbridos, aqueles que combinam trabalho presencial e remoto, são os que vêm se consolidando, pois unem as facilidades e flexibilidades do teletrabalho, com as vantagens de estar presencialmente no escritório.

Essa mudança ficou clara em uma pesquisa realizada pela consultoria KPMG, que mostrou que 85% das empresas pretendem continuar com modelos de trabalho híbridos em 2022. A pesquisa, divulgada no Portal Terra, mostra que: “dos 287 empresários entrevistados, apenas 15% manifestaram a intenção de retomar totalmente o trabalho presencial. O restante se divide quanto ao equilíbrio entre os dois sistemas. Os números da pesquisa mostram que 29% devem seguir com home office duas vezes na semana; outros 29% pretendem ficar com  o trabalho remoto três vezes por semana; 11% planejam manter as equipes em casa 5 dias por semana; 9% quatro vezes na semana e 7% apenas um dia por semana”.

 

Foco cada vez maior nas habilidades

De acordo com a Forbes, 2022 deve trazer consigo um foco cada vez maior nas habilidades dos colaboradores, e não em suas funções, que são as atribuições específicas de um cargo. Sendo assim, as competências pessoais estarão ainda mais em destaque neste ano.

Esta mudança se dá principalmente devido ao atual processo de diminuição das hierarquias nas empresas, em busca de um modelo de gestão mais horizontal e voltado para resultados.

Conforme a revista, “ao focar nas habilidades, as empresas abordam o fato de que resolver problemas e responder às suas questões de negócios centrais é a chave para impulsionar a inovação e o sucesso nas empresas da era da informação”.

Para os trabalhadores, isso significa que é o momento de desenvolver cada vez mais as suas habilidades técnicas e socioemocionais. Ao colocar as habilidades nos holofotes, colaboradores de qualquer nível hierárquico têm mais chances de mostrar o seu trabalho e a sua capacidade de contribuir para a superação dos desafios enfrentados pela empresa. Isto exigirá autoconhecimento para saber onde investir o seu tempo de estudo e aperfeiçoar tanto de soft, quanto de hard skills.

 

Valorização das políticas de ESG (Sigla que, em português, significa “ambiente, social e governança")

Existe uma crescente preocupação com os impactos das ações das empresas no meio ambiente e na sociedade. Com o aumento da sensibilidade da população, no que se refere as mudanças climáticas e o papel desempenhado pelos mais diversos ramos econômicos nos desastres naturais, a cobrança por mais responsabilidade socioambiental das organizações está em destaque no cenário internacional.

Em entrevista para a Revista Época, Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, organização especializada em mineração de dados, explica que “empresas também são agentes importantes para o desenvolvimento mundial e já entenderam que, caso não haja a preocupação com questões ambientais, sociais e de governança, vão ficar para trás”, o que já pode ser sentido até no mercado financeiro.

A bolsa brasileira, em uma parceria com S&P Dow Jones, criou em 2020, o índice S&P/B3 Brasil ESG, que procura medir a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. O índice exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU (UNGC em inglês) e também empresas sem pontuação ESG da S&P DJI.

Ainda que questões relacionadas ao meio ambiente e direitos humanos, por exemplo, sejam associadas às gerações mais novas, os investidores mais sêniores também estão começando a buscar por gestoras com produtos mais sustentáveis, de forma que o investimento em ESG deixa de ser secundário, para ser uma necessidade cada vez maior dentro das empresas.

 

Consolidação do EaD

Conforme pesquisa realizada pelo Inep, o ensino a distância no Brasil cresceu 378% entre 2009 e 2019. Esse dado mostra que bem antes da pandemia, o EaD já experimentava um crescimento exponencial no país. No entanto, devido às restrições dos últimos dois anos, até mesmo quem tinha resistência com a modalidade acabou tendo a oportunidade de conhecer como o modelo funciona e quais as suas vantagens.

Assim, muitas pessoas puderam conhecer a qualidade das metodologias de ensino a distância, como se organizar para ir bem nos estudos e o que levar em consideração na hora de escolher um curso remoto. Certamente isto irá aquecer ainda mais o ensino a distância, aumentando o número de cursos disponíveis.

A expansão do EaD também inclui a educação corporativa. A Seguros Unimed, por exemplo, contou com uma trilha EaD desenvolvida pela Faculdade Unimed para fazer a capacitação dos cerca de 1.500 profissionais da seguradora. Soluções de treinamento a distância como parte das estratégias da formação de pessoas também foram adotadas por diversas singulares do Sistema, que veem nesse formato uma maneira eficaz de expandir a qualificação e eficiência de seus colaboradores.

Dessa forma, o EaD se consolida cada vez mais como uma opção válida e de qualidade tanto para cursos de graduação quanto para cursos rápidos, de especialização, aperfeiçoamento e como ferramenta de treinamento corporativo.

 

Processo de transformação digital da medicina

A área da saúde em especial deve sofrer uma grande mudança nos próximos meses com a expansão da transformação digital. Abaixo, veja quais são os dois principais tópicos que devem surgir com força ainda em 2022.

 

Telemedicina / teleconsulta

Uma das principais ferramentas empregadas no combate a pandemia foram as consultas online. Somente no Brasil, foram realizadas cerca de 2,5 milhões de teleconsultas entre maio de 2020 e maio de 2021, e esse movimento deve continuar.

Os profissionais de saúde deverão cada vez mais aprender a utilizar todo o potencial da tecnologia para navegar neste novo cenário e suprir as demandas dos pacientes. Esse modelo deve ser usado ainda mais nos próximos anos, especialmente para as consultas de acompanhamento.

Vale destacar que isto não significa uma redução no número de consultas presenciais, mas sim um novo serviço que será agregado ao trabalho dos profissionais de saúde.

 

Uso da inteligência artificial

O avanço da telemedicina, no entanto, vai além das consultas remotas e inclui uma aplicação crescente de tecnologia e inteligência artificial na área da saúde.

A utilização de robôs para realizar cirurgias já é uma realidade, mas novas possibilidades devem surgir no futuro próximo. A inteligência artificial poderá ser empregada na triagem de pacientes em hospitais e prontos socorros, análise de exames de imagem, escaneamento de textos médicos, identificação de padrões nos sintomas de pacientes que ajudem a identificar doenças raras, entre muitas outras possibilidades.

Mais do que nunca, o profissional de saúde precisa estar preparado para lidar com a transformação digital e aproveitá-la ao máximo para a recuperação e cuidado com seus pacientes.

Além do uso na prática médica em si, a inteligência artificial também poderá ser empregada na administração hospitalar. André Germano, coordenador do MBA em Transformação Digital e Gestão de Tecnologias de Saúde da Faculdade Unimed, explica que "o volume de dados gerados na operação de uma empresa na área de saúde hoje em dia são gigantescos, havendo necessidade de utilizar ferramentas digitais para lidar com toda essa informação. [...] Obviamente que isso traz como consequência lógica a necessidade de incorporar novos métodos gerenciais, novas tecnologias, com mudança significativa da cultura organizacional e dos modelos de gestão das empresas na área da saúde”.

Os gestores de saúde que desejam estar a frente das tendências e aproveitar todas as oportunidades que irão surgir, devem se preparar para identificar oportunidades de inovação e aplicação da tecnologia em seus processos gerenciais.

 

Estas são as principais tendências para o ano de 2022. Se você gostou deste conteúdo, não deixe de compartilhar em suas redes sociais!




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