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- Quais são os principais desafios de gerir uma cooperativa?
Quem deseja empreender ou trabalhar como gestor de empresas precisa conhecer bem o mercado em que atua, suas especificidades, bem como as ferramentas de gestão de pessoas, controle financeiro, qualidade, entre outras.
Na gestão de cooperativas não é diferente. Esse modelo de negócio tem características próprias que o diferem de empresas tradicionais e é preciso estar atento a elas para ter sucesso.e é sobre isso que iremos falar no artigo de hoje.
O que torna as cooperativas diferentes?
Cooperativas são empresas, mas nem toda empresa é uma cooperativa. O que isso quer dizer? Enquanto todo negócio precisa seguir algumas regras básicas de administração para crescer e ter lucro, as cooperativas também devem seguir alguns princípios próprios, como os 7 princípios do cooperativismo:
- Adesão voluntária e livre;
- Gestão democrática;
- Participação econômica dos membros;
- Autonomia e independência;
- Educação, formação e informação;
- Intercooperação;
- Interesse pela comunidade.
Seguir estes princípios exige preparo dos gestores, que devem entender o papel de cada um deles e como aplicá-los na prática. Devido a sua importância, muitas das peculiaridades de se gerir cooperativas advém deles.
Agora vamos ver quais são as principais dificuldades na administração de cooperativas.
Os desafios da gestão de cooperativas
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Formação de lideranças
A formação de lideranças é um problema que atinge muitas cooperativas. Como a gestão deve ser democrática e participativa, ela exige dos gestores uma maior capacidade de comunicação, trabalho em equipe, capacidade de ouvir atentamente o próximo e pensamento voltado para o coletivo.
Porém, em uma empresa, um mesmo presidente pode ficar por anos a frente dos negócios, enquanto em cooperativas é comum o rodízio de gestão, onde cada presidente exerce mandatos por uma quantidade específica de anos.
Isto torna necessário uma formação constante de lideranças que entendam a importância de manter as conquistas das gestões anteriores, mas que consigam ver oportunidades de negócios em áreas menos exploradas pela última gestão.
É preciso evitar que questões pessoais, políticas ou até mesmo de ego interfiram nas decisões.
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Falta de profissionalização
A educação é um dos pilares do cooperativismo, no entanto, a falta de profissionalização pode ser um grande desafio.
Ao pensar em profissionalização, muitos cooperados pensam na área de atuação do negócio: saúde, agricultura ou educação, por exemplo. No entanto, também é preciso investir na profissionalização em gestão.
Como pudemos ver até agora, a gestão de cooperativas tem suas idiossincrasias, por isso é importante investir em cursos voltados para cooperativas, que irão tratar das dores e das oportunidades do cooperativismo.
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Falta de governança corporativa
A governança corporativa é um sistema de direção, monitoramento e incentivo. Isto é, ela trata de uma série de medidas tomadas para direcionar o trabalho de uma corporação rumo aos seus objetivos de longo prazo, além de fazer o acompanhamento das medidas implementadas e incentivar a sua aplicação no dia a dia.
As principais vantagens da implantação de políticas de governança em cooperativas são:
- Resolução ágil de conflitos
Por mais cauteloso que seja um planejamento de uma cooperativa, alguns conflitos certamente surgirão na sua administração. Por isso, uma governança corporativa prevê um plano para a resolução desses conflitos. Em um momento de crise, quando decisões devem ser tomadas sob pressão e com rapidez, é necessário ter um protocolo para se basear — e essa é uma das vantagens de um plano de governança.
2. Priorização dos interesses do negócio
Como vimos, a cooperativa fornece aos cooperados uma maleabilidade maior de decisões. Isso pode deixar a administração mais solta, o que, a longo prazo, tem o potencial de desestabilizar seus objetivos principais. Por isso, seguir um plano regular de reuniões e atribuição de tarefas — o que é fornecido pela governança — pode ser um bom norteador de decisões.
3. Confiabilidade
A governança corporativa permite guiar os esforços administrativos das empresas em prol de seus objetivos a longo prazo. No caso das cooperativas, duas das metas mais almejadas são: a satisfação e a confiança do cliente.
Nesse sentido, a governança corporativa garante ao cliente que todos os processos internos da cooperativa seguem uma organização predeterminada. Construindo essa relação de confiança, você dá a ele a segurança de que as demandas e solicitações serão atendidas com o máximo de zelo e cuidado. Essa é a melhor maneira de fidelizar os clientes da cooperativa — e, consequentemente, melhorar seu sucesso no mercado.
Ou seja, a ausência de uma política de governança corporativa pode impedir a adoção de medidas importantes para o desenvolvimento e amadurecimento da cooperativa.
E por que ela é um dos desafios das cooperativas? Porque sua implementação depende diretamente do comprometimento de todos os cooperados e gestores, de líderes capacitados e de uma boa formação (para entender mais profundamente como aplicá-la de acordo com a realidade de cada cooperativa). E, como vimos, todos estes itens são algumas das dificuldades encontradas na gestão de cooperativas.
4. Modelos de gestão poucos flexíveis
Com o desenvolvimento de novas tecnologias e a chamada Indústria 4.0, é preciso desenvolver formas de gestão mais flexíveis.
Isto acontece devido a velocidade das mudanças, que traz oportunidades a todo momento, mas também pode gerar as chamadas “bolhas”, que destroem ramos inteiros quando estouram.
Para se resguardar sem perder oportunidades, é preciso ter uma equipe de gestão atenta às mudanças e capaz de perceber onde e como investir. Também é importante conhecer e saber aplicar novas ferramentas de gestão e business intelligence, que ajudam a ver o seu negócio com mais profundidade. Por fim, para reter talentos é preciso mais do que um bom salário, de forma que a gestão de pessoas também precisa ser menos tradicional e mais adaptada ao mercado atual.
Como superar estes desafios?
A capacitação em gestão de cooperativas é a melhor maneira de conhecer as ferramentas necessárias para deixar estas questões no passado.
Em uma graduação ou pós voltada para a Gestão de Cooperativas, por exemplo, é possível discutir estudos de caso, em que o aluno pode aplicar na prática os conhecimentos adquiridos nas aulas mais teóricas, entendendo assim como aplicar os novos conceitos aprendidos.
Outra vantagem é a possibilidade de conhecer outros gestores e a realidade de diferentes cooperativas, que podem ter passado por problemas similares aos da sua e oferecer ideias criativas de como superá-los.
Uma boa oportunidade de capacitação é o MBA em Gestão de Cooperativas da Faculdade Unimed. Nele você irá ter uma visão ampla em Gestão de Cooperativas, desenvolvendo assim uma maior eficiência no processo decisório e na formulação de estratégias de gestão junto as sociedades cooperativas.
Além disso, são trabalhadas habilidades como a capacidade de analisar, estruturar e sintetizar as informações relacionadas à área de gestão e governança, comunicação, planejamento e liderança com maior compreensão sobre das especificidades das sociedades cooperativas, tanto em relação ao referencial teórico-metodológico, quanto à práxis cooperativa e sua realidade organizacional.
Caso você não tenha ensino superior ou queira fazer uma nova graduação voltada para a administração, há o curso de graduação em Gestão de Cooperativas, em que você verá desde os princípios mais básicos do cooperativismo e da administração, até as habilidades necessárias para se tornar um profissional preparado para o mercado de trabalho.
Para saber qual dos dois tem mais a ver com o seu momento profissional e as suas necessidades, entre em contato com um dos nossos consultores.
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