Segundo a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o Brasil abriga o maior número de profissionais atuando no cooperativismo médico. E esse método de trabalho — que divide benefícios e obrigações de maneira igualitária entre os cooperados — apresenta desafios muito peculiares, que requerem atenção e eficiência.
Por isso, as políticas de governança corporativa estão sendo cada vez mais valorizadas no meio médico. Neste artigo, falaremos sobre o que são essas políticas e como elas interferem no sucesso de uma cooperativa médica. Acompanhe!
O que é uma cooperativa?
Comecemos conceituando os termos básicos: uma cooperativa médica é formada por profissionais da saúde, denominados cooperados. Para atender a uma parcela maior de pacientes, eles se reúnem e criam um negócio conjunto, no qual todos têm as mesmas responsabilidades. As decisões são tomadas em assembleias, em que todos os cooperados têm o mesmo poder de voto.
As vantagens desse modelo são quase intuitivas: em uma cooperativa, os profissionais têm mais autonomia gerencial. Nela, os médicos não trabalham para um patrão ou uma instituição. No entanto, eles também não são profissionais liberais, totalmente independentes para tomar suas próprias decisões. E esse é o primeiro conceito para entendermos a necessidade da governança corporativa.
O que é a governança corporativa?
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, esta é definida como um "sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas". O conceito de governança corporativa, portanto, engloba uma metodologia específica para o gerenciamento da empresa ou da cooperativa. No caso de uma cooperativa, ela envolve um relacionamento padronizado entre cooperados, administradores e colaboradores.
Como as decisões em cooperativas são tomadas pelos próprios donos do negócio, a governança parece ser um conceito distante, certo? Errado. A governança, nesses casos, serve para guiar os interesses financeiros da cooperativa e estabelecer protocolos de ação e administração. Veremos, a seguir, seus principais benefícios.
Quais são os principais benefícios da governança corporativa?
Se você compreendeu o conceito desse tipo de governança, sabe que sua aplicação é necessária para uma administração guiada do negócio. No entanto, que melhorias ela pode trazer a uma cooperativa? Confira 3 delas logo abaixo:
1. Resolução ágil de conflitos
Por mais cauteloso que seja um planejamento de uma cooperativa, alguns conflitos certamente surgirão na sua administração. Por isso, uma governança corporativa prevê um plano para a resolução desses conflitos. Em um momento de crise, quando decisões devem ser tomadas sob pressão e com rapidez, é necessário ter um protocolo para se basear — e essa é uma das vantagens de um plano de governança.
2. Priorização dos interesses do negócio
Como vimos, a cooperativa fornece aos cooperados uma maleabilidade maior de decisões. Isso pode deixar a administração mais solta, o que, a longo prazo, tem o potencial de desestabilizar seus objetivos principais. Por isso, seguir um plano regular de reuniões e atribuição de tarefas — o que é fornecido pela governança — pode ser um bom norteador de decisões.
3. Confiabilidade
A governança corporativa permite guiar os esforços administrativos das empresas em prol de seus objetivos a longo prazo. No caso das cooperativas, duas das metas mais almejadas são: a satisfação e a confiança do paciente (que atua, nessa relação, como o cliente da empresa).
Nesse sentido, a governança corporativa garante ao paciente que todos os processos internos da cooperativa seguem uma organização predeterminada. Construindo essa relação de confiança, você dá a ele a segurança de que as demandas e solicitações serão atendidas com o máximo de zelo e cuidado. Essa é a melhor maneira de fidelizar os pacientes da cooperativa — e, consequentemente, melhorar seu sucesso no mercado.
Como a governança corporativa se aplica às cooperativas?
Você já deve ter percebido que, na teoria, a governança tem o potencial de alavancar uma cooperativa. Todos esses benefícios são atrativos, e um método estruturado de administração definitivamente parece ser o melhor caminho a seguir. Mas como tirar a governança corporativa do papel e colocá-la em prática?
É possível estudar e se especializar em governança, antes de experimentá-la, inadvertidamente, no meio prático. Com isso, você resguarda seu negócio de possíveis efeitos negativos e garante, com uma maior segurança, a otimização da administração.
Um exemplo de prática muito utilizada na governança corporativa é o mapeamento de dificuldades e desafios. Seu objetivo é levantar, de maneira realista, os “pontos fracos” do negócio. Com isso, a administração foca na resolução de problemas para evitar que eles tomem maiores dimensões.
Outro ponto que merece destaque na governança é o equilíbrio entre flexibilidade e rigidez: uma governança muito flexível torna a administração mais desregrada, correndo risco de se perder dos objetivos do negócio. Por outro lado, uma governança excessivamente rígida tira a possibilidade de autonomia — que é tão almejada em uma cooperativa. Para atingir o equilíbrio ideal, é fundamental colocar em prática habilidades de gestão fundamentadas em conhecimento teórico.
Por que se especializar em governança corporativa?
Caso você tenha interesse em se aprofundar no assunto, não se preocupe. Hoje, já existem cursos especialmente voltados para a governança corporativa aplicada às sociedades cooperativas. Com eles, o gestor de uma cooperativa aprende a evitar deslizes e erros técnicos. O resguardo do investimento e o sucesso do negócio serão muito mais seguros do que em outros cenários.
Além de conhecer a teoria por trás da gestão das cooperativas, o aluno tem a possibilidade de testar suas habilidades na prática. Em cenários protegidos, ele gradualmente desenvolve sua liderança e gestão de pessoas, capacitando-se da melhor maneira para o mercado.
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