Público x Privado: qual é o panorama da Saúde Bucal no Brasil

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Publicada 09/12/2021

Este post é uma parceria entre o blog da Faculdade Unimed e o Blog da Seguros Unimed.

 

Você sabia que o Brasil é o país com mais dentistas em todo o mundo? De acordo com dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO), no período entre 2010 e 2018, a quantidade de profissionais aumentou em mais de 42%.

O panorama da saúde bucal dos brasileiros, então, parece ser bom, certo? Porém, a realidade não é bem assim. 

Os primeiros movimentos aconteceram apenas em 1957. O ano marcou a obrigatoriedade da inclusão de flúor nas águas de abastecimento público, graças à Lei Estadual que virou regulamentação federal em 1974. Afinal, a água fluoretada ajuda na prevenção de cáries.

De lá pra cá, o Brasil avançou de maneira efetiva com a Constituição de 1988, que trouxe consigo o Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por democratizar o acesso do povo aos serviços de saúde. 

 

Panorama da saúde bucal

Atualmente, o panorama da saúde bucal está da seguinte maneira: a maioria dos cidadãos não têm acesso a tratamentos odontológicos e quase metade das pessoas com mais de 60 anos possuem problemas em toda a arcada dentária. 

A grande parcela das entidades vivas — em pleno funcionamento — está concentrada na região Sudeste. Assim como os profissionais e faculdades que oferecem cursos voltados para a odontologia. 

Quem mora nos estados do Norte e Nordeste enfrenta sérios problemas não apenas na obtenção do tratamento correto, como também para se graduar no ramo da medicina que trata dos dentes. 

Só para ilustrar, 52% dos cursos se encontram no Sudeste. Além disso, 72% estão presentes apenas em instituições privadas. 

 

Doenças que mais acometem brasileiros

Separamos as quatro doenças bucais mais comuns no Brasil.

Cáries

O primeiro estágio é chamado de lesão branca de cárie, uma mancha esbranquiçada presente na superfície do dente. Com o passar do tempo, a cárie promove a descalcificação do dente e o aparecimento de cavidades, que costumam causar dor ao paciente. 

Mau hálito

Geralmente, esse problema tem origem na boca. Assim, a higienização correta é o primeiro passo no combate ao mau hálito

A má conservação dos dentes, como cáries, inflamações na gengiva e restos de comida retidos nos dentes, baixa produção de saliva, ressecamento da boca e a presença de placa bacteriana no fundo da língua também causam o mau cheiro. 

Falta de dentes

Uma das causas perda de dentes ocorre por causa da inflamação do ligamento que sustenta o dente ao osso e a gengiva. E a causa mais comum é a falta de higiene bucal adequada. Mas o tabagismo também pode colaborar para que o dente amoleça. 

Gengivite

O acúmulo de placa bacteriana presente nos dentes ajuda no aparecimento da gengivite. Para evitar a evolução dessa doença, que pode se transformar numa periodontite, visitas regulares ao dentista, escovação dos dentes e o uso de fio dental se tornam indispensáveis. 

Leia também: Quais as principais causas para gengiva inchada?

 

A importância na saúde bucal como um todo

Pessoas com a saúde bucal em dia possuem menos riscos de desenvolverem doenças dos mais diversos tipos, não apenas relacionadas à boca. E, consequentemente, quem não tem a higiene em dia tem mais chances. 

Isso acontece porque as bactérias presentes na cavidade bucal entram na corrente sanguínea e se alojam em outras regiões do corpo, inclusive no coração. 

Uma vez em um dos principais órgãos, essas bactérias auxiliam no desenvolvimento da endocardite bacteriana, que tem o poder de causar danos irreversíveis ao coração e, em alguns casos, até a morte do paciente. Segundo o Instituto do Coração, 45% das doenças cardíacas têm relação com infecções bucais.

Portanto, fica clara a influência da higiene bucal na saúde como um todo. Pode soar como um clichê, mas a saúde começa pela boca. 

 

Dados estatísticos: odontologia Brasil

A deficiência se agrava nas duas regiões citadas, mas ela está presente nos quatro cantos do país. Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, só 12,9% da população possui plano odontológico. 

Essa parcela que dispõe da assistência realizou 189 milhões de atendimentos no ano de 2019. Já o SUS fez 40 milhões, uma diferença significativa. E não é tão difícil entender o motivo. 

De um lado, temos R$ 1,4 bilhão destinados ao sistema público para tratamentos odontológicos em toda a população brasileira, cerca de 211 milhões de habitantes. 

Enquanto isso, a rede privada põe R$ 3,1 bilhões à disposição para 26 milhões de pacientes. O valor mais que dobra e o número de beneficiários não chega nem a metade se comparado ao total de residentes no Brasil.

É aquela velha máxima: enquanto alguns têm muito, muitos tem pouco. 

 

Como promover a saúde bucal no Brasil?

 

Odontologia na saúde pública

Mesmo com recursos longe do valor ideal, o SUS ainda consegue transformar a vida de milhões de brasileiros. 

Desde a sua implantação em 1991, esse sistema universal já deu grandes passos. Um dos principais se chama “Brasil Sorridente”, programa criado no ano de 2004, e que se tornou a maior política pública de saúde bucal do mundo. 

O objetivo da odontologia na saúde pública é democratizar o acesso aos serviços utilizando três pilares: equidade, universalização e integralidade. Os profissionais são responsáveis por mais do que um simples atendimento ao povo. 

Eles fazem atividades educativas, indo às escolas para mostrar a importância de cuidar da saúde bucal, e ações de prevenção de doenças, como o câncer de boca. 

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o local onde os profissionais farão os primeiros exames. Em casos complexos, como biópsia ou tratamento de canal, o paciente é encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas. 

Vale destacar que 30% dos profissionais da área prestam serviços ao SUS. Os demais se encontram na rede privada. Desse modo, há uma sobrecarga que causa demora no atendimento. 

 

Odontologia privada

Historicamente, a odontologia possui fortes laços com o setor privado. Como você viu ao longo do texto, a maioria dos profissionais prestam serviços para planos odontológicos. 

Por longas décadas, apenas pessoas pertencentes à classe alta  tinham a possibilidade de tratar dos dentes. Mas isso mudou, nos últimos anos aconteceu a popularização dos convênios. 

Conforme divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) em 2016,  22 milhões de brasileiros possuíam planos odontológicos. O número também tem relação com o aumento da preocupação com  a saúde da boca, lentidão no serviço público e expansão de franquias do ramo. 

Na Unimed Odonto não é diferente. Há 30 anos cuidando do sorriso dos brasileiros, ela oferece planos de qualidade, com profissionais de alto nível, a preços acessíveis, que cabem no seu bolso e de sua família. 

E, para continuar se aprofundando no assunto, baixe o e-book “Panorama da saúde bucal no Brasil’‘, com informações detalhadas sobre esse importante assunto! 




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