Liderança e gestão de equipes: o impacto no modelo assistencial de saúde

Publicada 16/05/2019

Altos custos, mudanças constantes na legislação do setor e o novo retrato da sociedade brasileira (com o aumento da expectativa de vida e demanda de serviços mais específicos) são alguns dos desafios das instituições de saúde.

Então, como garantir bons resultados e um equilíbrio no orçamento? Com pessoas que assumam a liderança e gestão de equipes e consigam se voltar para as particularidades desse segmento. Somente dessa forma é possível conduzir a instituição de modo sustentável.

Quer entender como um gerenciamento inovador pode impactar o modelo assistencial de saúde? Confira nosso post e descubra como oferecer qualidade do atendimento sem desequilibrar as contas da organização.

Como fazer uma gestão eficaz em um modelo assistencial de saúde?


A gestão em saúde não é uma atividade simples: engloba uma série de departamentos e pessoas com funções bem distintas. São profissionais de saúde de diferentes áreas, pessoal administrativo, serviços gerais, terceirizados etc. Além disso, é um segmento que não admite erros, já que estamos falando da saúde e vida das pessoas. Diante disso, o que fazer?

Os desafios na condução dessas instituições podem ser superados com um gerenciamento inovador, pautado na liderança e gestão de equipes. A ideia é repensar os processos em clínicas, consultórios, hospitais e cooperativas de saúde. Em vez de focar somente no tratamento de uma doença já instalada, o ideal é pensar em medidas preventivas e que considerem o indivíduo de maneira integral.

Em outras palavras, uma gestão eficaz no modelo assistencial é voltada para:

Atenção Primária à Saúde (APS) — é o primeiro cuidado que o paciente recebe de um médico e equipe multidisciplinar, que vão guiar esse atendimento da melhor forma possível;

Atenção Integral à Saúde (AIS) — é um modelo que considera a saúde como o bem-estar físico, mental e social do indivíduo. A ideia é promover o acompanhamento contínuo do paciente, visando à manutenção de saúde e qualidade de vida. Com isso, há redução de riscos e de adoecimentos com a assistência adequada.

No caso dos idosos, uma população que vem aumentando no Brasil e que demanda serviços especializados, por exemplo, a atenção primária e o cuidado integral podem reduzir gastos com exames desnecessários ou até mesmo internações. Isso é possível porque o indivíduo tem um acompanhamento contínuo e — de acordo com seu histórico e condições de saúde — recebe um atendimento mais direcionado.

Cultura da instituição
São ações que se voltam para a promoção de saúde. Dessa forma, uma liderança e gestão de equipes direcionada para esse aspecto deve pensar de modo estratégico, realocando profissionais, recursos e tecnologias para medidas de prevenção.

É importante que essa visão faça parte da cultura da instituição para que todos os colaboradores atuem de modo orquestrado, ou seja, executem um serviço voltado para o cuidado integral do paciente.

As equipes devem saber qual é seu papel na organização e estar a par das metas e objetivos da gestão, como a ideia de um novo modelo de assistência. Nesse sentido, a comunicação aberta entre gestores e colaboradores torna-se fundamental.

Sem contar que é importante que os profissionais estejam atualizados quanto às tendências de sua área para oferecer um serviço de melhor qualidade. Sendo assim, oferecer treinamentos contínuos também é uma função da instituição.

Quais são os benefícios de uma liderança inovadora nesse contexto?
A liderança e gestão de equipes realizada de uma maneira inovadora pode impactar de forma positiva o modelo assistencial de saúde. Veja o porquê a seguir:

Redução de custos
Se o controle do orçamento é um dos pontos de maior preocupação para gestores, adotar uma forma inovadora de liderar e repensar os processos pode reduzir os custos da instituição.

Ao oferecer um atendimento que considera o indivíduo de maneira integral e que se volta para a promoção da saúde (modelo APS/AIS), você trabalha com um serviço mais direcionado, evitando, assim, consultas e exames desnecessários. Além disso, as ações preventivas vão evitar uma série de doenças, diminuindo as despesas.

Equipe motivada
Em relação aos recursos humanos, um bom líder se aproxima de sua equipe, conhece o perfil de cada um e consegue delegar as tarefas de modo mais direcionado. Sem contar que ele serve como um agente motivador e inspirador dos colaboradores, envolvendo todos nesse novo modelo de assistência.

As pessoas se sentem mais satisfeitas, realizam um serviço de melhor qualidade e o clima organizacional também melhora. Tudo isso pode reduzir faltas e o turnover, trazendo benefícios para a instituição.

Paciente satisfeito
Por fim, uma gestão inovadora tem como resultado pacientes satisfeitos, que estão vivendo melhor pois recebem um atendimento mais completo. Percebem que o sistema de saúde é voltado para sua qualidade de vida e não somente para o tratamento de doenças.

Em um mercado competitivo como é o desse setor, essa é uma vantagem e tanto, pois garante a sustentabilidade da instituição, evitando, por exemplo, a perda de contratos no caso de empresas de planos de saúde.

Somado a isso, pacientes satisfeitos podem ainda fazer a divulgação espontânea do serviço, melhorando a imagem e reputação da organização.

Por que o profissional deve buscar uma qualificação em gestão inovadora da saúde?
Para colocar em prática tudo o que descrevemos acima, é importante que profissionais busquem qualificação na área. A administração de instituições de saúde não é feita da mesma forma que uma empresa qualquer, por isso é fundamental entender as especificidades desse setor. Com isso, você garante a segurança e qualidade dos atendimentos sem desequilibrar o orçamento ou desrespeitar a legislação.

Quem quer atuar na área de gestão de saúde deve procurar cursos de pós-graduação — principalmente um MBA. Esse formato de qualificação vai preparar o profissional para esse contexto, especialmente com conhecimentos e habilidades voltados para a liderança. Ele acompanha aulas teóricas e práticas, bem como estudos de caso do segmento com professores com vivência acadêmica e também profissional.

A formação vai dar uma visão desse mercado e desenvolver as competências para: fazer um planejamento estratégico; estar preparado para a tomada de decisões; e realizar uma gestão de qualidade em âmbito assistencial, administrativo e financeiro de modo a obter bons resultados.

É um tipo de curso voltado para profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros, que querem atuar na área de gestão ou, ainda, pessoas de outras áreas que têm interesse em trabalhar na administração de estabelecimentos de saúde.

Para conduzir as organizações de saúde em busca de bons resultados, é necessário contar com profissionais voltados para a liderança e gestão de equipes que proponham mudanças de processos no modelo assistencial. A ideia é inovar e, para isso, é fundamental buscar cursos de capacitação, como o MBA em Gestão Inovadora em Serviços de Saúde, oferecido pela Faculdade Unimed.




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