Relação entre prevenção de infecções e a redução dos gastos hospitalares
As infecções primárias da corrente sanguínea (IPCS) figuram como um dos principais obstáculos que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) enfrentam globalmente. Essas infecções, além de representarem um risco considerável para a vida dos pacientes, acarretam enormes despesas para o sistema de saúde.
As Unidades de Terapia Intensiva, já sobrecarregadas pelos elevados custos operacionais, são diretamente afetadas pelo tratamento prolongado de infecções, uma vez que, quando há infecções, a permanência do paciente no hospital tende a ser estendida e, inevitavelmente, resulta na utilização dos recursos hospitalares essenciais para a assistência.
Nesse contexto, a prevenção das IPCS tornou-se uma prioridade, tanto para administradores e gestores hospitalares, quanto para diretores médicos que desejam diminuir despesas e, simultaneamente, melhorar a segurança dos pacientes.
Vale lembrar que, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o número de hospitais que notificaram eventos relacionados a infecções em UTIs adulto está em uma crescente desde 2012. Veja o gráfico abaixo:
O efeito financeiro das IPCS nas Unidades de Terapia Intensiva
Sabemos que o maior custo de uma longa internação na Unidade de Terapia Intensiva é relacionado à saúde do paciente. Mas, no que diz respeito aos custos hospitalares, os prejuízos também podem - e devem - ser considerados. É sabido que a assistência relacionada às IPCS podem resultar em um aumento de custo de R$ 50 mil a R$ 150 mil por paciente infectado, variando conforme a severidade da infecção e as complicações associadas.
Também conforme a Anvisa, a incidência de infecções na corrente sanguínea em Unidades de Terapia Intensiva no Brasil ainda é alarmante, afetando 6% dos pacientes internados com cateter venoso central.
Existem também os custos indiretos associados ao tratamento, como antibióticos, materiais médicos e equipes especializadas. Dentre as consequências, destacam-se o prolongamento da permanência hospitalar, que pode ser triplicado para pacientes infectados, e o efeito na capacidade de operação do hospital, que pode enfrentar superlotação de suas UTIs por um longo período, restringindo a admissão de novos pacientes. Esses elementos elevam o custo financeiro, prejudicando a eficácia do hospital e resultando em perdas econômicas consideráveis.
Fonte: Relatório de atividades, Anvisa, 2022
A prevenção como estratégia para a diminuição de custos: inovação a serviço de gestores, médicos e enfermeiros
A implementação de medidas preventivas pode mudar o panorama econômico nas Unidades de Terapia Intensiva, uma vez que, ao reduzir o número de IPCS, os custos da assistência hospitalar e da utilização de recursos para o tratamento das infecções são poupados.
Nesse contexto, é válido conhecer e considerar soluções inovadoras que ajudam o profissional de saúde a reduzir e, em alguns casos, até extinguir o número de infecções por internações em UTIs.
Estima-se que, para cada R$ 1 aplicado em medidas preventivas, como a implementação de tecnologia de ponta e o treinamento da equipe, os hospitais possam poupar até R$ 4,5 em tratamentos e com a diminuição do tempo de internação.
O quadro abaixo mostra a relação do custo anual total com curativos mais tratamento da infecção. O custo de um curativo em relação ao outro representou uma economia de mais de 237 mil euros, o que significa um custo assistencial 79% menor.
Fonte: Righetti M. et. al., Tegaderm CHG dessing significantly improves catheter-related ifection rate in hemodialysis patients
É claro que não devemos nos esquecer que manter a técnica asséptica rigorosa e higienização correta das mãos pode promover a diminuição de até 70% do risco de infecções durante procedimentos de inserção e manutenção de cateteres.
Aliada a isso, a aplicação de curativos revestidos com tecnologia antimicrobiana, como os curativos revestidos com clorexidina, vem demonstrando grande efetividade na prevenção de IPCS, resultando em uma diminuição de até 60% nos casos de infecção.
Fonte: Resumo de Evidências Clínicas Relacionadas ao Curativo 3M™ Tegaderm™ CHG
Os indicadores de custo, por si só, já são suficientes para validar a eficiência das medidas de prevenção de infecções na redução dos custos do tratamento. Para além disso, as UTIs que investem em prevenção percebem um aumento na eficiência operacional, com mais leitos à disposição para novos pacientes. Nesse contexto, a taxa de retorno do investimento pode ser superior a 400% já nos primeiros anos de implementação de protocolos de segurança.
Além da economia de recursos, a diminuição do uso de antibióticos no tratamento de infecções previne o surgimento de resistência bacteriana, um problema em ascensão que eleva consideravelmente os gastos com tratamentos futuros e impacta muito na qualidade de vida do paciente.
Resultado: a prevenção preserva vidas e poupa recursos
Para administradores de hospitais e diretores médicos, o efeito financeiro das IPCS não pode ser negligenciado. A aplicação de protocolos preventivos, combinados com a educação continuada dos profissionais, mais o conhecimento e adoção de tecnologias avançadas, não apenas protegem o paciente, como também reduzem significativamente os custos hospitalares.
Dessa forma, a prevenção das IPCS nas UTIs é uma excelente estratégia, que não só preserva vidas, mas também assegura a sustentabilidade financeira das instituições de saúde a médio e longo prazo.
Formação continuada de profissionais de saúde
Outro fator essencial para prevenção das IPCS que não pode ser desconsiderado é a capacitação constante dos profissionais de saúde. A educação continuada em saúde leva a uma implementação mais consistente dos protocolos de prevenção, afetando diretamente a segurança do paciente e a diminuição dos gastos.
E se você quer fazer parte de um evento especial sobre o tema, participe do próximo Webinar Conecta Científico - Desafios da Infecção de Corrente Sanguínea: Melhores Práticas e Impacto Financeiro.
Clique aqui para garantir a sua vaga e não perca a oportunidade de se atualizar, compartilhar experiências e conhecer as inovações que podem impactar positivamente a atuação de profissionais de saúde e a sustentabilidade da sua instituição.
CATEGORIAS
- Gestão
- Cooperativismo
- Diversos
- Graduação
- Saúde
- Gestão de Cooperativas
- Gestão Hospitalar
- Atenção Integral à Saúde
- Auditoria em Saúde
- Auditoria Odontológica
- Clínica Médica
- Cuidados Paliativos
- Enfermagem em Urgência, Emergência e Terapia Intensiva
- Farmácia Oncológica
- Geriatria e Gerontologia
- Gestão Integrada da Qualidade em Saúde (EAD)
- MBA em Administração Hospitalar
- MBA em Farmácia Clínica e Oncológica
- MBA em Gestão de Cooperativas (EAD)
- MBA de Gestão de Negócios em Saúde
- MBA em Gestão Inovadora em Serviços de Saúde (EAD)
- MBA em Governança, Riscos, Regulação e Compliance em Saúde
- MBA em Segurança do Paciente e Gestão Estratégica em Saúde
- Perícia Médica
- Urgência, Emergência Médica e Terapia Intensiva
- MBA em Engenharia Clínica
- MBA em Transformação Digital e Gestão de Tecnologias em Saúde
- Técnico em Enfermagem
- ESG e Sustentabilidade
Fale com a Faculdade Unimed
Acesse nossa página de atendimento
clicando aqui ou ligue para:
0800 702 1301