Gestão da inovação: como inovar em serviços de saúde

Publicada 06/11/2020

Atualizado em 15/07/2021

Inovação é uma palavra bastante presente na atualidade, mas para que seja realmente parte da cultura de uma organização é preciso implantar uma gestão que ofereça um ambiente adequado para o surgimento de novas ideias e soluções.

Neste artigo, iremos mostrar o que é gestão da inovação, como incorporá-la dentro dos serviços de saúde e qual a sua importância para a geração de novos negócios e conquistar novos clientes.

 

O que é inovação?

O professor e consultor Peter Drucker define inovação como "o ato de atribuir novas capacidades aos recursos (pessoas e processos) existentes na empresa para gerar riqueza".

Muitas pessoas associam inovação à tecnologia, no entanto, como podemos ver, é possível inovar em qualquer área, independentemente de aplicar ou não novas tecnologias.

Uma empresa de fast food que começa a oferecer versões vegetarianas dos seus sanduíches, por exemplo, está inovando e atingindo um novo público.

Um hospital que consegue prever suas taxas de ocupação com antecedência e evitar que seus pacientes aguardem muito tempo pelo atendimento, também está inovando.

Existem dois tipos de inovação:

  1. Inovação disruptiva: é a que muda o mercado em que atua, criando novos serviços que até então não existiam.
  2. Inovação incremental: são pequenas mudanças em serviços, produtos e processos que já existem.

Exemplos de inovação disruptiva são os de empresas como Uber e iFood, que mudaram completamente o mercado em que atuam. Taxistas, motoristas particulares e todo o setor de mobilidade precisaram se adaptar às mudanças trazidas pela Uber, assim como os restaurantes também precisaram pensar em adotar serviços de entrega para fazer parte dessa nova onda do setor.

Entretanto, não basta inovar uma única vez para dominar o mercado. Com o surgimento de cada vez mais concorrentes, é preciso estar sempre atento a novas oportunidades de negócios e melhorias nos processos internos, de forma que a inovação incremental também é importante para a manutenção e expansão de um negócio.

Também é comum achar que ideias diferentes e criativas surgem por acaso, na mente de pessoas imaginativas e geniais. No entanto, criatividade é uma competência que pode ser aprendida por todos e, se gerida corretamente, a inovação pode fazer parte da cultura organizacional de qualquer empresa, independentemente do tamanho e do ramo de atuação.

É justamente para fomentar a inovação que surgiu a gestão da inovação.

 

O que é gestão da inovação?

É a área responsável por estabelecer e acompanhar os ciclos de inovação dentro das empresas.

É ela quem cria e mantém um ambiente propício para que todos os colaboradores se sintam estimulados a pensar em novas ideias e garante que as lideranças estarão abertas para recebê-las e preparadas para desenvolver produtos, processos e/ou serviços diferentes do usual.

Os ciclos de inovação que citamos anteriormente envolvem a identificação de novas oportunidades, captação de ideias, localizar as que tem maior potencial, testá-las e implementá-las. Tudo isso envolve capital humano e financeiro, então é preciso estar aberto para investir recursos financeiros para que a inovação gere valor.

Nem todas as ideias, produtos ou serviços sugeridos irão dar o retorno esperado, no entanto, é pela tentativa e erro que a inovação surge e se torna parte do dia a dia de colaboradores e lideranças. É preciso estar preparado para arriscar, de maneira racional e bem planejada, para ter o retorno esperado.

Além do investimento financeiro, de acordo com pesquisadores do IMES, uma empresa inovadora deve contar com os seguintes aspectos:

1) clima e cultura organizacional – a empresa precisa estar aberta para a inovação, deixando seus colaboradores a vontade para sugerir melhorias e transformações sem medo de serem criticados ou ridicularizados. Todos devem se sentir confortáveis para procurar as lideranças e expor suas propostas, que devem ser analisadas posteriormente com respeito e seriedade, independentemente de quem a tenha sugerido;

2) habilidades e capacidades de gerenciamento – aqui entra a gestão inovadora e sua capacidade de organizar todas as etapas de captação, teste e implementação de novas ideias, destinando os recursos financeiros e humanos necessários para que uma ideia se torne em um produto, serviço ou processo bem-sucedido;

3) estrutura e controle organizacional – é preciso estar estruturada para testar e lidar com eventuais erros e falhas. O fracasso é parte do caminho para o sucesso e não é preciso ter medo de inovar somente porque a primeira tentativa não deu certo.

4) desenvolvimento de processos e os novos produtos – este é o momento de por em prática tudo o que foi planejado e começar a criar, testar e implementar produtos e serviços inovadores.

 

Como aplicar a gestão da inovação em negócios de saúde?

A inovação em saúde vai muito além do desenvolvimento de novos medicamentos, tratamentos e vacinas. Como mostramos neste post, o investimento em campanhas de prevenção ajudou a reduzir os casos e a mortalidade do câncer de colo de útero, por exemplo.

Já as campanhas em escolas, propagandas na televisão e mensagens nos maços de cigarro também ajudaram a reduzir o número de fumantes no Brasil, diminuindo assim a prevalência de comorbidades associadas ao tabaco, como o câncer de pulmão, uma estratégia que hoje é comum, mas em sua época foi bastante inovadora, tornando o Brasil referência no combate ao fumo.

Para administradores de estabelecimentos de saúde, é essencial pensar a inovação como forma de melhorar a qualidade da assistência à saúde, reduzir custos e construir uma marca forte e positiva na sociedade.

Outra opção é inovar em processos, como digitalização de prontuários médicos, diminuindo o uso de documentos de papel e tornando o acesso aos dados dos pacientes mais rápido e eficiente. Implementar novas estratégias de negócio, como XX, ou softwares para aumentar a produtividade são outras formas de inovar.

É possível aplicar a inovação na gestão de pessoas, por meio de treinamentos e mudanças na captação de novos colaboradores, de forma a melhorar o clima organizacional, desenvolver novas metodologias de trabalho e desenvolver carreiras de maneira mais empolgante para todos os colaboradores.

Todos esses exemplos mostram como a inovação na saúde pode ir muito além da medicina em si e ajudam a reduzir custos com tratamentos e aumentar o bem-estar geral da população. Além disso, podem ser aplicados na área de saúde sem precisar desenvolver novas tecnologias. Um dos caminhos para a adoção dessas práticas é ter gestores capazes de identificar os pontos de mudança e ouvir os seus colaboradores.

 

Como se tornar um gestor inovador?

Qualificar-se é uma boa maneira de começar a identificar pontos de mudança interessantes na sua organização. É possível fazer desde cursos livres voltados para a inovação, até cursos de gestão hospitalar, que lhe ajudarão a ter uma visão mais completa da gestão em estabelecimentos de saúde.

Caso você já tenha uma graduação, investir em cursos de pós-graduação, como o MBA em Gestão Inovadora em Serviços de Saúde da Faculdade Unimed, é uma forma interessante de conhecer as técnicas de inovação em profundidade e já diretamente voltadas para os serviços de saúde.

Ficou interessado em investir na sua formação? Entre em contato com a nossa equipe para saber mais.

 




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